Palco sem aplausos
- Eduarda de Oliveira

- 18 de ago.
- 1 min de leitura

As primeiras conversas são engraçadas,
Palavras doces e envolventes
Criam uma narrativa,
Impossível de não cair.
Constrói o Reino Imaginário,
Com um Castelo de Cartas,
Que com o primeiro vento,
Mostra a fragilidade
Da base.
Prometeu não ferir,
Mas a conta gotas,
Uma maldição se instaurou.
O olhar se tornou frio.
Desprezo, rotina.
Mesmo as lágrimas e desculpas dela,
Por erros que não foram cometidos,
Não eram mais suficientes.
Chamava de amor,
O que era controle.
O Castelo antes tão vivo,
Se torna vazio.
Então não há perdão,
Porque amar também significa
Se adaptar a um “não”.
Sem respeito,
Não há relacionamento.
E desde o começo,
Isso não havia sido feito.
Ela, cega de amor, deixou com que os deslizes
Passassem despercebidos.
Mas lágrimas deixam rastros.
E a calmaria de uma alma
Pode dar espaço à raiva.
Antes que ela se despedaçasse por inteiro,
As luzes acenderam.
Ela se levantou da cadeira,
Olhou uma última vez para aquele palco,
Onde uma vez foi protagonista,
E saiu sem aplaudir.
Autora: Eduarda L. de Oliveira



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