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Palco sem aplausos

As primeiras conversas são engraçadas,

Palavras doces e envolventes

Criam uma narrativa,

Impossível de não cair.

Constrói o Reino Imaginário,

Com um Castelo de Cartas,

Que com o primeiro vento,

Mostra a fragilidade

Da base.

 

Prometeu não ferir,

Mas a conta gotas,

Uma maldição se instaurou.

O olhar se tornou frio.

Desprezo, rotina.

Mesmo as lágrimas e desculpas dela,

Por erros que não foram cometidos,

Não eram mais suficientes.

 

Chamava de amor,

O que era controle.

O Castelo antes tão vivo,

Se torna vazio.

 

Então não há perdão,

Porque amar também significa

Se adaptar a um “não”.

Sem respeito,

Não há relacionamento.

E desde o começo,

Isso não havia sido feito.


Ela, cega de amor, deixou com que os deslizes

Passassem despercebidos.

Mas lágrimas deixam rastros.

E a calmaria de uma alma

Pode dar espaço à raiva.


Antes que ela se despedaçasse por inteiro,

As luzes acenderam.

Ela se levantou da cadeira,

Olhou uma última vez para aquele palco,

Onde uma vez foi protagonista,

E saiu sem aplaudir.


  • Autora: Eduarda L. de Oliveira

 
 
 

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