Tranquilidade
- Eduarda de Oliveira

- 2 de ago. de 2023
- 1 min de leitura
Atualizado: 18 de ago.

O mar rebelde enfim está satisfeito. Suas ondas encontram o descanso junto à areia. Por isso, se aventurar entre as águas não é mais perigoso, trazendo a volta dos peixes a este abrigo que sofreu tantas mudanças.
Não é permitido sufoco em meio às correntes de água e quando isso ocorre se há a necessidade da fúria. As pedras pontiagudas incomodavam, habitantes indesejados faziam a festa e a água se tornava cada vez mais imunda. Até o céu teve que tomar providências à medida que as nuvens se tornavam raivosas.
Para quem teve a diversão acabada, tudo foi apenas uma tempestade num copo d’água. Mas para a própria tempestade, a água entre o céu e o mar era o seu tudo.
A mistura de doce e salgado junto aos raios que abraçaram o mar, formou o mais belo dos templos de Poseidon. Ao longe se vê o tempo correndo em cima da água e com a certeza de sua chegada nasce a noção de se aproveitar o novo mar.
Tomar um banho de sol e permitir que a brisa marinha se acomode em seus cabelos é o descanso pelo qual se aguardava. E assistir à corrida do tempo enquanto se esfolia os pés na areia apenas dá mais significado a todos os momentos que podem e devem ser aproveitados. A eternidade não é real, então que paremos de sonhar com o impossível.



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