Viver é melhor que sonhar

Foto de Alex Azabache na Unsplash

Elis Regina dizia que viver é melhor que sonhar. Mas e quando viver é dolorido? Ainda é melhor do que os nossos sonhos, onde estamos protegidos?

As experiências nem sempre ultrapassam as expectativas. Tudo bem que às vezes a decepção acontece por conta da tolice em sonhar com milhões de cenários perfeitos para aquilo que está por vir. Mas às vezes, nem esperamos nada de mais e recebemos um balde de água fria.

Os outros são uma decepção à parte. Nunca agem da forma como queremos que ajam. É assim com qualquer pessoa, é só passar um pouco de tempo a mais com ela para que a decepção venha em algum momento. E tudo bem as pessoas agirem da forma como elas bem entenderem, o problema é a gente que fica criando expectativa demais e se machuca sozinha.

Mas a gente só pode se decepcionar ou se surpreender ou sentir qualquer coisa, saindo da própria cabeça e indo viver. Às vezes, é verdade, que a realidade é bem decepcionante, mas a gente aprende com ela. Aprende também a dar valor para as surpresas quando elas aparecem. Se fôssemos surpreendidos toda hora com coisas boas, iria deixar de ser uma surpresa e se tornaria o normal. E o que a gente aprende com o monótono?

Talvez seja a hora de apenas lidarmos com a vida do jeito que ela é, sem pensar muito. Porque a gente vai sofrer de qualquer maneira, seja vivendo isolado e na própria imaginação, seja no meio de pessoas e aprendendo, vivendo coisas novas. Além disso, para ter sonhos melhores é preciso sair por aí para buscá-los. Então, viu? É um bom negócio parar de só sonhar e viver.